Ilha
nessa cor de cinza que tu vestes.
Apertada num rodopio extenuante,
tropeças em ti mesma.
Viras costas ao mundo,
senhora do teu nariz.
És mais que os outros; assim te vês,
mas coitada, enganas-te no saber.
Fecha-se o mar à tua volta,
que assim se prende a ingorância.
Ébria a cada hora que passa,
transpiras o nojo dos teus filhos.
Caras pálidas de bochechas bêbedas,
correm ao som do relógio,
engravatados e engraxados,
vestidos no cinismo de um obrigado.